Roupas Iguais

Ok, este é mais um daqueles textos que não vai influenciar em nada na sua vida, ou talvez influencie, embora eu duvide seriamente disso. Ou seja, se preferir, pare de ler agora mesmo. Quer uma dica do que fazer no lugar de ler o que eu escrevo? Não, né? Ta bom, então. Mas você poderia clicar nesse link aqui embaixo e aprender a falar Esperanto. Eu ainda não já sei, e você?

Aprenda esperanto em (mais de) um clique.

O Esperanto é uma língua super interessante. Como todos sabem, ela foi criada para ser a língua mundial, de todos os povos, no dia em que todos seriam felizes para sempre. Pois é, não engrenou e hoje estamos na merda situação que estamos. Mas mesmo assim é um Q a mais no seu currículo. Já imaginou você em uma entrevista e os olhos do senhor sentado a sua frente com sua ficha começando a brilhar ao verem que você é fluente em esperanto? Aí vem aquela pergunta: “porque você aprendeu esperanto?”, aí você diz: “não faço a menor idéia”, ou no melhor dos casos, fica sem resposta.

Mas sabe qual é o real problema de falar essa curiosa língua? Você nunca saberá o quão fluente é nela. Afinal, ninguém mais fala, ou seja, você nunca vai praticar. É mais ou menos o que o Marcelo Adnet fala sobre a língua russa naquela entrevista no Programa do Jô. E olha que pelo menos 140 milhões de pessoas no mundo falam a língua de Dostoievski.

Ta, mas não foi por isso que eu vim até aqui. Já perceberam que toda hora acontece isso? Malditos pensamentos fluitivos (?). Como diz o título, o assunto são roupas iguais. Quem tem, ou teve, irmão ou irmã sabe do que estou falando. Ainda criança, seus pais saem pra viajar e nunca mais voltam quando eles pisam em casa você está que nem um cachorrinho esperando pra abrir os presentes e ver o que vai vestir/calçar/jogar no dia seguinte, só pra mostrar pros amigos o novo artigo adquirido, maldito capitalismo.

Ok, expectativas correspondidas, você e seu irmão (ou irmã) começam a despedaçar impiedosamente o pobre do papel de presente que a menina da loja teve tanto trabalho pra embrulhar e seus pais tiveram tanto trabalho pra não amassar. Tudo em vão, você é um assassino de afeltrados de fibras unidas tanto fisicamente quanto quimicamente, com ligações de hidrogênio (Ver: Artigo da Wikipédia sobre Papel).

Descobertos os artefatos, branda o primeiro com alegria interminável:

– Um suéter! – e o segundo logo em seguida:

– Um suéter! – Ok, aí começa o momento estranho. Um vira pro outro:

– Pera aí, você também ganhou um suéter? – resposta:

– Também, qual a cor do seu?

– Azul, e o seu?

– Também. – agora, em coro:

–Mããããe! De novo igual?

E o que mais dói é quando ela diz que fez isso porque achou que “vocês ficariam tão bonitos de roupas iguais”? É, colega, não é apenas na sua família que essas tragédias acontecem. O estalo pra escrever isso veio quando eu assisti a esse vídeo aqui:

Enfim, eu pelo menos já ganhei inúmeras coisas iguais ao meu irmão, aquele mesmo da história da Sônia. Pra enumerar, eu diria, por exemplo, as camisas do Vasco da campanha de 2000, a única diferença foi que a minha camisa era a reserva e a dele titular. Ou os inúmeros casacos que só mudam de tamanho (eu uso M e ele Gordo).

E você? Já ganhou algo igual ao seu colega de quarto ou pelo menos de infância? Ou ao menos alguém que seja considerado seu irmão? Não esqueça de deixar um comentário com sua história abaixo. Eu adoro aceitá-los e depois mandar não mandar pra caixa de spam!

9 Respostas para “Roupas Iguais

  1. Eu nem sabia que vc tinha um blog!!!
    Mesmo assim ficou fera, parábens mlk!!

  2. Bom dia, vejo que você é mais um que desconhecem o esperanto e ainda sim gosta de falar sobre o mesmo.
    Em primeiro lugar o esperanto foi criado para ser um idioma ponte, um instrumento para simplificar a comunicação internacional.
    E sim, quando o entrevistador me pergunta por que você aprendeu o esperanto eu respondo: – Aprendi o esperanto, pois me importo com o problema linguístico internacional e gosto de me comunicar com pessoas de culturas diferentes da minha usando um idioma simples e lógico.
    E tenho sim como saber meu nível de fluência na língua pois todos os dias converso com russos, chineses, franceses, holandeses e até norte-americanos usando esse idioma que segundo você ninguém fala.
    Espero sinceramente que pesquise um pouco mais sobre esse importante meio de comunicação não excludente que é o esperanto.

    • Pietro von Herts

      Pode-se dizer sim que desconheço seu amado idioma, mas não, eu não necessariamente gosto de falar dele. Simplesmente, achei que seria legal cita-lo, já que eu venho aprendendo a falá-lo já tem um tempo.

      Rapaz, só o que eu quis dizer com a entrevista de emprego foi dada a conjuntura atual, aprender esperanto não ajuda tanto assim, já que no mínimo você vai ter que traduzir suas conversas para os que não entendem. E afinal, como idioma simples e lógico temos o inglês, que é adotada como a língua mundial há tanto tempo, porque não? Ao meu ver, hoje em dia, o esperanto é apenas um capricho. Não necessariamente ruim, mas eu duvido que como antendente de loja o esperanto vá lhe ajudar em muita coisa. Afinal, de que adianta ter PhD em psicologia criminal se você está tentando uma vaga para torneiro mecânico?

      E, por fim, se sua realidade é a de conversa diária com “russos, chineses, franceses, holandeses e até norte-americanos” (aliás, porque o ‘até’ antes de norte-americanos?), minhas congratulações, mas a minha não é. E, provavelmente, a de mais de 100 milhões de brasileiros também não. Afinal, se formos tomar a exceção como lei, não existiriam elevadores.

  3. Por que depreciar algo que não se conhece?
    O senhor é linguista?
    O senhor já estudou o esperanto?
    O senhor sabe do valor desse idioma para mais de 10 milhões de pessoas que fazem uso direto ou indireto dessa língua?
    O senhor sabia que a UNESCO já emitiu duas resoluções a favor do esperanto, indicando a seus países membros o uso dessa língua?
    Bem se o senhor não sabia agora já sabe, não deixe o preconceito lhe tapar os olhos, não seja mais uma maria-vai-com-as-outras apenas repitindo o que lhe falaram.
    Espero não ter vos ofendido, pois essa não era minha intenção.
    Antes que eu me esqueça, obrigado por divulgar o site do Lernu.com (apesar da ironia).
    Atenciosamente:
    Lauro Matteson

    • Lauro da Matteson

      Caro Lauro, não depreciei nada que não conheça. Em momento algum falei que o esperanto é um idioma inútil ou que deveria ser proibido sob as leis de um Estado autoritário comunista. Veja bem, não precisa me chamar de ‘senhor’, por favor, dispensemos as formalidades.

      Vamos lá, a UNESCO. Você sabia que a UNESCO apóia as políticas de “compra” de voto de Lula e Cia. Ltda., como o Bolsa Família, Escola, Esgoto, Mercado, Jogo de Azar e tantas outras? Você sabia que a UNESCO apóia o “Criança Esperança” da amada do povo TV Globo? Logo, qualquer coisa que a UNESCO esteja metida, tem grandes chances de ser mutreta. Mas não vamos entrar nesse mérito, pois sim?

      De forma alguma me ofendestes, não se preocupe. Meu caro, na verdade, o que aconteceu é que o Lernu.com é o site “muito mais funcional e eficiente” que eu dizia conhecer. Mas eu tinha perdido o link dele, conforme expliquei no post. Portanto, o texto deveria ser reescrito, mas eu vou consertar isso agora mesmo. Desculpe pela má propaganda, mas não era a intenção.

  4. Pingback: Tweets that mention Roupas Iguais « Pseudo-blog do Tio Andy -- Topsy.com

  5. Legal a sua abordagem, prática e voltada para um mundo real e cruel. Infelizmente, um mundo já sem ideologias. Um mundo capitalista sangrento. O ser humano, na sua forma de pensar, se transformou em dinheiro e nas suas posses, o resto é descartável.
    Visto por esse lado, o Esperanto realmente não pertence a esse mundo hegemônico e egoista consigo mesmo e com o meio ambiente. Você colocou a língua no bojo das insignificâncias do dia a dia. Boa ideia, mas que perdem sentido no virar de um ano rotineiro e cheio de problemas crônicos e sem solução aparente. O Esperanto (grafo em maiúscula pois se trata mais de um movimento político e democrático do que de uma língua internacional), há mais de um século é um idioma vivo e cultural, servindo de ponte neutra entre os povos. O Esperanto está unido à palavra esperança (mais propriamente traduzida significa “aquele que faz a esperança”).
    O Esperanto representa algo como o “ar” é necessário para todos, mas nem sentimos que ele é necessário. Ele é um desejo perene da humanidade, para comunicação e contato transnacional. Esse ideia nunca morre e sempre foi e será prevalente na humanidade. Queira ou não. Portanto, apenas tenhamos esperança que essa humanidade um dia acorde realmente para essa realidade, no nosso tempo de vida ou no futuro. Enquanto isso, vivamos o mundo atual, cruento e aparentemente sem rumo na sua via consumista. No entanto, eu e muitos esperantistas, preferimos manter a nossa Esperança simbolizada no que o Esperanto é. Leia o Manifesto de Praga e veja como o nosso movimento se empenha em trabalhar por um bem maior. Só entendendo esse texto na íntegra, podemos colocar o Esperanto em nosso currículo, podemos justificá-lo para o mundo. Parabéns ao seu blogue, precisamos da polêmica, pois, só assim, podemos abrir espaço para discussões e entendimentos diversos.
    Adonis

  6. para de inventar fakes pra fingir que alguém lê isso aqui, pedro .

  7. Família Weasley feelings!

    Um dia dessas fui na biblioteca e tavam oferecendo um curso de esperanto HAHAHAHAHA lembrei de ti!

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